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Como progredir na caridade?

Não nos distraiamos com o amanhã. Como ensina Nosso Senhor, “a cada dia basta o seu mal". Só temos "o momento presente" para amar a Deus, e nada mais.

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Jesus, Homem de dores desde o seio de sua Mãe

Sumário. O primeiro Adão gozou durante algum tempo as delícias do paraíso terreal; mas o segundo Adão, Jesus Cristo, não teve nem sequer um instante em sua vida que não fosse cheio de aflições e agonias, porquanto desde o berço afligiu-O a dolorosa previsão de todas as penas e ignomínias que deveria padecer, e particularmente a previsão da ingratidão de que os homens usariam para com Ele. Ó céus! Nós também temos contribuído para contristar esse amabilíssimo Coração.

I. O profeta Isaias chama a Jesus Cristo o homem de dores. E com razão, porquanto a natureza humana de Jesus foi criada expressamente para padecer, e assim desde o berço começou a sofrer as maiores dores, que os homens jamais têm sofrido. Para o primeiro homem, Adão, houve um tempo em que gozava as delícias do paraíso terrestre; mas o segundo Adão, Jesus Cristo, não teve nem sequer um instante de vida que não fosse cheio de aflições e agonias. Desde o berço afligiu-o a dolorosa previsão de todas as penas e ignomínias que deveria padecer no correr de sua vida e particularmente na hora de sua morte, quando deveria terminar a vida como que submergido num oceano de dores e de opróbrios, assim como o predisse Davi: Veni in altitudinem maris, et tempestas demersit me (1) — “Cheguei ao alto mar e a tempestade me submergiu”.

Desde o seio de Maria, Jesus Cristo aceitou obediente a ordem de seu Pai acerca da sua paixão e morte. De sorte que já antes de nascer previu os açoites e apresentou seu corpo para os receber; previu os espinhos e apresentou-lhes a cabeça; previu as bofetadas e apresentou-lhes as faces; previu os cravos e apresentou-lhes as mãos e os pés; previu a cruz e apresentou sua vida. Daí é que o nosso Redentor, desde a primeira infância e a cada instante da sua vida, padeceu um contínuo martírio, e a cada instante oferecia esse martírio por nós ao Pai Eterno.

Mas, o que mais O atormentou, foi a vista dos pecados que os homens haviam de cometer, mesmo depois da sua tão dolorosa Redenção. Na luz divina conhecia Jesus perfeitamente a malícia de cada pecado e veio ao mundo exatamente para tirar os pecados; mas ao ver em seguida o número tão grande de pecados que ainda iam ser cometidos, a angústia que o Coração de Jesus sofreu, foi maior do que a que tem sofrido ou ainda sofrerão todos os homens da terra.

II. Meu doce Redentor, quando é que começarei a ser grato para com vossa bondade infinita? Quando começarei a reconhecer o amor que me tendes consagrado, e as penas que tendes sofrido por minha causa? Nos tempos passados, em vez de amor e de gratidão, paguei-Vos com ofensas e desprezos.
Deverei continuar a viver sempre tão ingrato para convosco, meu Deus, que nada poupastes para adquirir para Vós o meu amor? Não, Jesus meu, não há de ser assim. Nos dias de vida que ainda me restam, quero ser-Vos grato; e Vós mesmo deveis ajudar-me nisso. Se Vos tenho ofendido, as vossas penas, a vossa morte são a minha esperança. Prometestes perdoar a quem se arrepende. Arrependo-me de todo o meu coração de Vos ter desprezado. Cumpri a vossa promessa, Amor meu, e perdoai-me.
Ó meu caro Menino, contemplo-Vos nessa manjedoura como que já pregado na cruz, visto que esta Vos está presente e Vós a aceitais por mim. Ó Menino crucificado — assim quero chamar-Vos — , eu Vos agradeço e Vos amo. Deitado sobre essa palha, padecendo por mim e preparando-Vos para morrer por meu amor, Vós mandais e me convidais a amar-Vos: Diliges Dominum Deum Tuum (2) — “Amarás ao Senhor, teu Deus”. Não desejo outra coisa senão amar-Vos. Já que quereis ser amado por mim, dai-me todo esse amor que me pedis. O amor para convosco é um dom vosso, e o dom mais precioso que podeis conferir a uma alma. Aceitai, ó meu Jesus, o amor de quem pecando, tantas vezes Vos tem ofendido. Vós baixastes do céu para buscar as ovelhas perdidas: buscai-me, pois, a mim, que eu não busco senão a Vós. Vós quereis a minha alma, e a minha alma não quer senão a Vós. Vós amais a quem Vos ama, segundo a vossa palavra: Diligentes me diligo (3) — “Eu amo a quem me ama”. Eu Vos amo, amai-me também Vós; e se me amais, prendei-me ao vosso amor, mas prendei-me de tal maneira, que eu não possa mais separar-me de Vós.

— Maria, minha Mãe, ajudai-me. Seja uma nova glória para vós verdes vosso Filho amado de um miserável pecador, que em outros tempos O tem ofendido tanto.
Quanto te custou haver-me amado!

É o que canta a Igreja neste Natal do Senhor, pegando emprestadas as palavras de Santo Afonso de Ligório, em seu famoso poema Tu scendi dalle stelle ("Tu desces das estrelas"). Meditando a letra desta bela cantiga natalina, determinemo-nos também nós a pagar o preço do amor. Se tanto custou a Deus amar-nos, como queremos que isso não nos custe nada?

Clique aqui e ouça a versão em português cantada pela Marcela Buback!

Que possamos meditar nesta belíssima música e nos preparar para o Natal do Senhor!
Na Cruz acha-se a nossa Salvação

Sumário. Se quisermos salvar-nos, é mister que nos resolvamos a carregar com paciência a cruz que Deus nos manda, e a morrer nela por amor de Jesus Cristo, assim como Ele morreu na cruz por nosso amor. É este também o meio para acharmos a paz nos sofrimentos. Quem recusa aceitar a cruz, de ordinário aumenta-lhe o peso; ao passo que quem a abraça e carrega com paciência, tira-lhe o peso e converte-a em consolação.


I. Na cruz acha-se a nossa salvação, a nossa força contra as tentações, o desapego dos prazeres terrestres; na cruz, em suma, acha-se o verdadeiro amor de Deus. Mister é, pois, que nos resolvamos a carregar com paciência a cruz que Deus nos envia e a morrermos nela por amor de Jesus Cristo, que morreu na sua por nosso amor. Não há outro caminho por onde se entra no céu, senão o da resignação nas tribulações até à morte. — O meio para acharmos a paz nos próprios padecimentos é a uniformidade com a vontade divina. Se não usarmos deste meio, dirijamo-nos aonde quisermos, façamos quanto pudermos, não conseguiremos subtrair-nos ao peso da cruz. Ao contrário, se a carregarmos de boa vontade, a cruz nos levará ao céu, e nos dará a paz nesta terra.

Que é o que faz quem rejeita a cruz? Aumenta-lhe o peso. Mas quem a abraça e carrega com paciência alivia-a e converte-a em doçura. Deus é profuso com as suas graças para com todos aqueles que de boa vontade carregam a cruz para lhe agradarem. O padecimento não apraz a nossa natureza; mas quando o amor divino reina num coração, fá-lo aceitável. — Ah! Se considerássemos bem o estado de felicidade que gozaremos no paraíso, se formos fiéis a Deus em sofrermos sem lamentos os trabalhos da vida, de certo não nos queixaríamos de Deus quando nos envia cruzes. Antes havíamos de lh´as agradecer, e até havíamos de pedir mais sofrimentos ainda. — Se somos pecadores, devemo-nos consolar nas tribulações que vierem e pensar que Deus nos castiga na vida presente; porque é isso sinal certo de que Deus quer livrar-nos do castigo eterno. Ai do pecador que goza de prosperidade na terra! Quem tiver de sofrer alguma grave tribulação, lance um olhar no inferno merecido e toda a pena se-lhe afigurará leve.

II. Se quisermos ser santos, devemos transformar o nosso gosto. Enquanto não chegarmos a achar doce o que é amargoso, e amargoso o que é doce, nunca nos poderemos unir perfeitamente com Deus. Toda a nossa segurança e perfeição está em sofrermos com resignação todas as contrariedades que nos vierem cada dia, e em sofrermo-las para agrado de Deus, o que constitui o fim principal e mais nobre que possamos ter em mira em todas as nossas obras.

Portanto, ofereçamo-nos sempre a Deus, prontos a carregar toda a cruz que nos queira enviar. Conservemo-nos sempre preparados para sofrer por seu amor todo o trabalho, a fim de que, quando nos venha algum, estejamos prontos a abraçá-lo. — Quando se nos afigurar mais duro o peso da cruz, recorramos logo à oração, para que Deus nos dê força para a carregarmos com merecimento. Avivemos então, mais do que nunca, a nossa fé, e lancemos um olhar sobre Jesus crucificado que está agonizando na cruz por nosso amor. Lancemos também um olhar para o céu e lembremo-nos do que diz São Paulo, a saber, que toda a tribulação terrestre, por mais dura que seja, não está em proporção com a glória que Deus nos prepara na vida futura (1).

Ó meu Jesus, quanto consolo me dá a vossa palavra: Convertimini ad me, et convertar ad vos (2) — “Convertei-vos a mim, e eu me converterei a vós”. Eu Vos deixei por amor às criaturas e às minhas míseras satisfações; mas agora que deixo tudo e me converto a Vós, estou certo de que não me repelireis, uma vez que Vos quero amar. Recebei-me na vossa graça e fazei-me conhecer o grande bem que sois e o amor que me tendes, a fim de que nunca mais me aparte de Vós. Jesus meu, perdoai-me os desgostos que Vos tenho dado, fazei que Vos ame sempre e nada mais quero. — Ó Maria, recomendai-me a vosso Filho; Ele vos concede quanto Lhe pedis; em vós confio.
Se o Natal comemoramos o nascimento do Menino Jesus, por que tanto foco no “bom velhinho” que se veste de vermelho e, conforme o mito, é transportado no ar por renas voadoras?

Se você quer ajudar seus filhos ou a sua família a vivenciar o Natal com a centralidade em Cristo, que tal aprender sobre outro “bom velhinho”?

Ele também voava, mas sem as renas. Se os voos do Papai Noel em seu trenó não passam de mitologia, as levitações deste “bom velhinho” foram testemunhadas por inúmeras pessoas em plena “era da razão”, no século XX.

Se o foco exagerado no Papai Noel pode tirar o foco do verdadeiro significado do Natal, este outro “bom velhinho” dedicou sua vida a amar Jesus e ajudar as pessoas a conhecê-lo e obedecer-lhe.

Estamos falando do Padre Pio de Pietrelcina, frade que viveu numa cidadezinha do interior da Itália no século passado.

Em nossa HQ sobre a vida do Padre Pio, você poderá conhecer os fatos, cenários e visões que marcaram a vida deste grande santo!

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Um tempo para preparar o “estábulo” do nosso coração

Como na Quaresma, o esforço espiritual que somos chamados a realizar durante o Advento deve ser sério e fervoroso. Consideremos estas semanas que antecedem o Natal uma oportunidade de preparar o “estábulo” de nosso coração para receber o Menino Jesus.

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Maria Santíssima, modelo de Paciência

Sumário.
Deu-nos Deus a Santíssima Virgem como exemplar de todas as virtudes, mas especialmente da paciência. Semelhante à rosa, ela cresceu e viveu sempre entre os espinhos da tribulação. Se, portanto, quisermos ser filhos desta Mãe, força é que procuremos imitá-la, abraçando com resignação as cruzes; e não somente as que nos vierem diretamente de Deus, mas também as que vierem da parte dos homens, tais como sejam as perseguições e os despresos.

I. Sendo esta terra um lugar de merecimentos, chama-se com razão vale de lágrimas. Todos somos aqui postos para padecer e fazer, por meio da paciência, aquisição das nossas almas para a vida eterna, como já disse o Senhor: In patientia possidebitis animas vestras (1) — “Na paciência possuireis as vossas almas”. Deus nos deu a Virgem Maria para exemplar de todas as virtudes, mas especialmente da paciência. Pondera entre outras coisas São Francisco de Sales, que foi exatamente para este fim que nas bodas de Caná, Jesus Cristo deu à Santíssima Virgem aquela resposta, com que mostrava estimar pouca as suas súplicas: Quid mihi et tibi est, mulier? — “Que há entre mim e ti, mulher?” Foi exatamente para nos dar o exemplo da paciência da sua Santa Mãe.

Mas que andamos excogitando? Toda a vida de Maria foi um exercício continuo de paciência; porquanto, como o Anjo revelou a Santa Brigida, a Bem-aventurada Virgem, semelhante à rosa, cresceu e viveu sempre entre os espinhos das tribulações. Só a compaixão das penas do Redentor foi suficiente para fazê-la mártir de paciência, razão porque disse São Boaventura: Crucifixa Cruxifixum concepit — “A Crucificada concebeu o Crucificado”. — E quanto ela sofreu, tanto na viagem para o Egito e na demora ali, como durante todo o tempo que viveu com o Filho na oficina de Nazaré, não cansemos de apreciá-lo dignamente. Mas deixando o mais de lado, não basta por ventura só a campanha que Maria fez a Jesus moribundo no Calvário, para fazer conhecer quão constante e sublime foi a sua paciência? Stabat iuxta crucem Iesu Mater eius (2) — “Ao pé da cruz de Jesus estava sua Mãe”. No dizer do B. Alberto Magno, precisamente pelo merecimento desta sua paciência foi ela feita nossa Mãe que compadecendo com o seu Filho nos gerou para a vida da graça: Maria facta est mater nostra, quos genuit Filio compatiendo.

II. Se desejamos ser filhos de Maria, é preciso que procuremos imitá-la na paciência, suportando em paz tanto as cruzes que nos vierem diretamente de Deus, isto é, a pobresa, as desconsolações espirituais, a enfermidade e a morte; como também as que nos vierem diretamente da parte dos homens, perseguições, despresos, injúrias e seduções. S. Gregório explicando este trecho de Oséias: Saepiam viam tuam spinis (3) — “Fecharei o teu caminho com espinhos”, diz que assim como a sebe de espinhos guarda a vinha, assim Deus cerca de tribulações os seus servos, para que não se afeiçoem ao mundo. De modo que, conclui São Cipriano, a paciência é a virtude que nos livra do pecado e do inferno, e enriquece-nos com merecimentos na vida presente e com a glória na outra.

— É a paciência que faz os Santos, como diz São Tiago: Patientia autem opus perfectum habet, ut sitis perfecti et integri in nullo deficientes (4). Por esta razão, São João viu todos os Santos com palmas (símbolo do martírio) nas mãos (5); o que significa que todos os adultos que se salvam, devem ser mártires, ou de sangue ou de paciência. “Alegremo-nos, pois”, exclama São Gregório: “se sofrermos com paciência as penas desta vida, podemos ser mártires, sem o ferro dos algozes”. Oh, quanto nos aproveitará no céu cada pena sofrida por amor de Deus!

— Se alguma vez o peso da cruz se nos afigurar demasiadamente duro, recorramos a Maria, que é chamada a medicina dos corações angustiados e a consoladora dos aflitos.
Ah! Senhora minha suavíssima! Padecestes inocente com tanta paciência, e eu, réu do inferno, recusarei padecer? Minha Mãe, peço-vos hoje esta graça, não de ficar livre das cruzes, mas de suportá-las com paciência. Por amor de Jesus vos peço, que sem tardar me alcanceis de Deus esta graça; de vós a espero.
TERCEIRO DOMINGO DO ADVENTO

O testemunho de São João Batista e a Modéstia Cristã


Sumario. À imitação de São João Batista, procuremos sempre, ao falar de nós mesmos ou sobre as coisas que nos dizem respeito, abaixar-nos e nunca nos exaltarmos acima dos outros. Quem se abaixa, nunca sairá prejudicado; mas, por pouco que alguém se exalte acima do que é, pode causar-se grave dano. Além disso, é sabido de todos que os louvores em boca própria não trazem honra, senão desprezo.

I. O Evangelho de hoje, como diz São Gregório, faz ressaltar bem claramente a humildade do Batista. Muito emobra estivesse adornado de tais e tantas virtudes, que se pudesse crer ser ele o Messias prometido, não somente recusou terminantemente esse nome, dizendo: Non sum ego Christus – Eu não sou o Cristo; mas ainda mais, protestou não ser digno nem sequer de desatar os cordões das sandálias do Redentor. Constrangido, pois, a dar informações acerca de si próprio, cala a nobreza de seus pais, a dignidade sacerdotal, e apenas faz saber o que é indispensavelmente necessário, a saber, o seu ofício de Precursor de Jesus Cristo: Ego vox clamantis in deserto: Dirigite viam Domini – Eu sou a voz que clama no deserto: preparai o caminho do Senhor.

Deves tu também praticar igual modéstia, se verdadeiramente desejas agradar a Deus e assim preparar-te para fazer nascer o divino Menino em teu coração. Evita de dizer qualquer palavra de louvor próprio, tanto acerca da tua conduta, dos teus talentos e exercícios de virtudes; como acerca da tua família, enaltecendo a nobreza, as riquezas, o parentesco. Em uma palavra, no falar do que te respeito ou de ti mesmo, procura sempre, a imitação do Batista, abaixar-te e nunca te exaltares acima dos outros. Fale antes o mal do que o bem; descobre antes os teus defeitos, do que as ações que talvez tenham aparência de virtudes. Abaixando-te, nunca te prejudicarás; mas, como diz São Bernardo, por pouco que te exaltes acima do que és na verdade, podes causar-te grande mal. Além disso é bem conhecido o adagio comum: Louvor em boca própria é vitupério.

Demais, melhor será que nas conversações não fales absolutamente de ti próprio, nem para bem, nem para mal, considerando-te como pessoa tão vil, que nem sequer mereça ser mencionada. Quantas vezes não sucede que contando coisas mesmo para a nossa própria confusão, se insinue alguma oculta e fina soberba, e que interiormente desejemos ser elogiados ou ao menos ser tidos por humildes e virtuosos!

II. Se por acaso, sem culpa tua, te louvarem, procura então haver-te assim como se houveram os Santos e nos ensinaram. Quer dizer: lança uma vista sobre tantos defeitos teus; confunde-te interiormente por não possuíres os méritos que te atribuem. Treme pensando que talvez a estima dos homens não seja a maior desgraça que te pode suceder, porquanto, pela vã complacência, te pode fazer perder todos os merecimentos que por ventura tinhas adquirido perante Deus. Demais, pode infectar-te o coração, fomentando-te o orgulho, e assim ser causa de tua queda e eterna condenação. Por isso diz São Francisco de Sales, que os louvores são um veneno doce e desapercebido, que mais de uma vez têm dado a morte à virtude e à piedade dos mais santos e piedosos. – Sobretudo, quando perceberes que te elogiam, olha para Jesus Crucificado, que, por teu amor, longe de buscar os louvores, preferiu ser o homem mais desprezado, ou antes o mais abjeto, entre todos os homens: despectum et novissimum virorum (1).
2024/09/24 21:33:40
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