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“Dia da ira”: uma meditação sobre a morte e o juízo

Temperando o tema da morte e do juízo com belas orações e uma expressão de grande confiança na misericórdia de Deus, o hino medieval “Dies iræ” continua a ser, por sua linguagem, métrica e música, o mais majestoso de todos os poemas cristãos.

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Um tempo para preparar o “estábulo” do nosso coração

Como na Quaresma, o esforço espiritual que somos chamados a realizar durante o Advento deve ser sério e fervoroso. Consideremos estas semanas que antecedem o Natal uma oportunidade de preparar o “estábulo” de nosso coração para receber o Menino Jesus.

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"Meu filho, nada te aflija. Não estou eu aqui que sou a tua Mãe? Não estás tu sob o meu amparo?" (Nossa Senhora de Guadalupe)
**Meditação da terça-feira da 2ª semana do Advento**

Retrato de um homem que acaba de passar à outra vida


Tirar-lhes-ás o espírito, e deixarão de ser, e tornar-se-ão no seu pó.

Imaginemos que estamos vendo uma pessoa que acaba de expirar. Contemplemos nesse cadáver a cabeça pendida sobre o peito, o cabelo desgrenhado, os olhos encovados, as faces descarnadas, o rosto cinzento, a língua e os lábios cor de ferro, o corpo frio e pesado. Quantas pessoas, à vista de um parente ou de um amigo morto, não mudaram de vida e deixaram o mundo?

Imagina que estás vendo uma pessoa que acaba de exalar o último suspiro. Contempla esse cadáver deitado ainda no leito, a cabeça caída sobre o peito, o cabelo desgrenhado, banhado ainda no suor da morte, os olhos encavados, as faces descarnadas, o rosto cinzento, a língua e os lábios cor de ferro, o corpo todo frio e pesado. Empalidece e treme quem quer que o veja. Quantas pessoas, à vista de um parente ou amigo defunto, não mudaram de vida e deixaram o mundo? Mais horror ainda inspira o cadáver quando começa a corromper-se. Não se passaram bem vinte e quatro horas que esse moço morreu, e já o mau cheiro se faz sentir. É preciso abrir as janelas e queimar bastante incenso; é preciso cuidar que em breve seja levado à igreja e posto debaixo da terra, para que não infeccione a casa toda.

Eis aí em que se tornou esse moço orgulhoso, esse dissoluto! Ainda há pouco acolhido e desejado nas sociedades, e agora feito objeto de horror e de abominação para quem o vê! Os parentes anseiam por fazê-lo levar para fora da casa e pagam aos coveiros para que o levem encerrado num caixão e o entreguem à sepultura. Outrora gabavam-se o espírito, a beleza, o trato fino e os bons ditos; mas pouco depois de sua morte perde-se a memória de tudo isso: A memória deles pereceu com ruído

Ao ouvirem a noticia de sua morte, uns dizem que era homem honrado, outros que deixou os negócios em bom estado; uns lamentam-se, porque o defunto era-lhes útil; outros regozijam-se, porque a morte dele lhes traz proveito. Por fim, dentro em breve, já ninguém falará nele. Desde os primeiros dias os parentes mais chegados não querem ouvir falar dele a fim de não se lhes avivar a saudade. Nas visitas de pêsames trata-se de outros assuntos, e se alguém por ventura fala do defunto, logo os parentes atalham: Por favor, não pronuncieis mais o seu nome. E entretanto, onde é que estará a alma daquele infeliz?

Pensai que assim como vós fizestes na morte de vossos amigos, assim os outros farão para convosco. Os vivos aparecerão por sua vez na cena, ocupando os bens e os lugares dos mortos, e destes já não se faz ou quase que não se faz caso ou menção. Os parentes afligir-se-ão ao princípio por alguns dias, mas depressa consolar-se-ão com a parte da herança que lhes couber, de tal sorte que dentro em breve até se regozijarão de vossa morte. No mesmo quarto onde exalastes a alma, e onde fostes julgado por Jesus Cristo, se jogará e se rirá como antigamente. E a vossa alma onde estará então?
Ó Jesus, Redentor meu, agradeço-Vos por não me terdes deixado morrer quando estava em desgraça convosco. Ha quantos anos não mereceria estar no inferno! Se eu tivesse morrido em tal dia, tal noite, que seria de mim por toda a eternidade? Senhor, eu Vos agradeço e não quero mais resistir as vossas chamadas. Quem sabe se as palavras que acabo de ler, não são para mim o vosso último convite! Confesso que não mereço misericórdia: tantas vezes me tendes perdoado e eu, ingrato, tenho tornado a ofender-Vos. Mas já que não sabeis desprezar um coração que se humilha e se arrepende, eis aqui um traidor que a Vós recorre arrependido. Por piedade, não me afasteis. Verdade é que Vos ultrajei mais que muitos outros, pois que, mais que muitos outros fui favorecido por Vós com luzes e graças, mas o sangue que derramastes por mim, anima-me e oferece-me o perdão, se eu me arrepender. Sim, meu Bem supremo, arrependo-me de toda a minha alma de Vos ter desprezado. Perdoai-me e dai-me a graça de Vos amar para o futuro. Já demasiadamente Vos ofendi. Não quero empregar a vida que ainda me resta, a ofender-Vos, quero empregá-la a chorar sempre os desgostos que Vos dei, e a amar-Vos de todo o meu coração.

— Ó Maria, esperança minha, rogai a Jesus por mim.
Antes de entrarmos na explicação do pecado mortal propriamente dito, vamos entender alguns pontos:

1. Que é o pecado mortal?

O pecado mortal é uma transgressão da lei divina, pela qual se falta gravemente aos deveres para com Deus, para com o próximo, ou para com nós mesmos.

2. Por que se chama pecado mortal?


Chama-se mortal porque dá a morte à alma, fazendo-a perder a graça santificante, que é a vida da alma como a alma é a vida do corpo.

3. Que males causa à alma o pecado mortal?

O pecado mortal:

1º priva a alma da graça e da amizade de Deus;

2º fá-la perder o Céu;

3º priva-a dos merecimentos adquiridos e torna-a incapaz de adquirir novos;

4º torna a alma escrava do demônio;

5º fá-la merecer o Inferno e também os castigos desta vida.

Catecismo de São Pio X, n. 948 - 950.
1. Quando há um pecado mortal?

R: Três condições são necessárias para que haja um pecado mortal:
matéria grave, plena advertência e pleno consentimento.

Por ora, guardem as três condições necessárias. Nas próximas horas explicaremos cada uma delas.
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O que é matéria grave?

R: Deus nos proibiu de fazer certas coisas e também nos mandou fazer outras coisas, para que assim nós evitássemos o Inferno e alcançásse- mos o Céu. Estas leis estão contidas nos Dez Mandamentos dados por Deus a Moisés no Antigo Testamento, bem como nos Cinco Manda- mentos da Igreja. Todas as nossas ações ou omissões (deliberadas) que são gravemente contrárias a essas leis de Deus são pecados mortais. Em outras palavras, é pecado mortal toda ação humana deliberada que é gravemente contrária: i) ao amor devido a Deus, ii) à benevolência devi- da ao próximo, iii) à castidade, e iv) aos cinco mandamentos da Igreja.
O que é plena advertência?

R: A plena advertência é um ato do intelecto pelo qual tomamos consciência de que estamos pensando ou fazendo algo gravemente contrário à lei de Deus: em outras palavras, a plena advertência é a percepção clara do quão mau é aquele pensamento, palavra, ato ou omissão. Se a nossa consciência percebe que isso ou aquilo ofende gravemente a Deus, ou que a coisa é muito má, a plena advertência já aconteceu. Isso não significa que já tenha havido um pecado da nossa parte, mas sim que de fato nós estamos conscientes da gravidade moral daquela ação ou pensamento.

Por exemplo: Se eu olhar para uma mulher e perceber que aquele olhar é capaz de me causar excitação sexual, a partir daí já tive plena advertência da malícia desse olhar, pois eu não posso desejá-la sexualmente.
O que é pleno consentimento?

R: O pleno consentimento é um ato da vontade. Depois que a nossa consciência já percebeu a gravidade daquele pensamento ou daquele ato, nós podemos decidir se iremos ou não fazer aquilo. Se mesmo depois de tomar consciência da gravidade da coisa nós decidimos livremente fazê-la, então houve o pleno consentimento na coisa má, e consequentemente houve um pecado mortal.

Por exemplo: Um casal de namorados se abraça e percebe que aquele abraço começa a causar excitação sexual. Eles já tiveram plena advertência da gra- vidade da situação e são livres para deixar aquele abraço e não consentir no prazer. Mas se continuam o abraço, então escolheram livremente continuar a ação má.

O B S . : Se, depois de examinar bem a sua consciência, você não consegue ter certeza se teve plena advertência e pleno consentimento em um pecado, confesse-o mesmo assim, para que sua consciência não fique atribulada.
Por que rezar todos os dias?

A oração é o alimento de nossa alma, de maneira que deixar de rezar um só dia é como deixar o corpo sem comida, fraco e definhando. Neste vídeo, Padre Paulo Ricardo explica de forma bastante didática o porquê de devermos pedir todos os dias as graças que nos são necessárias.

Clique aqui e entenda a importância da oração diária.
Amor que o Filho de Deus nos mostrou na Redenção

Sumário. A salvação ou a condenação de todos os homens não aumenta nem diminui de nada a felicidade do Filho de Deus, que é a bem-aventurança mesma. Todavia Ele tem feito e padecido tanto por nós, que, se a sua beatitude fora dependente da nossa, não teria podido padecer e fazer mais. Quão grande não deve, pois, ser nosso amor para com Jesus Cristo e quão grande a nossa confiança de obtermos, pelos seus merecimentos, todas as graças que desejemos!

Considera que o Verbo Eterno é o Deus infinitamente feliz em si mesmo, de tal sorte que a sua felicidade não pode ser aumentada. Nem mesmo a salvação ou a condenação de todos os homens podem acrescentar-Lhe ou diminuir-Lhe alguma coisa. Contudo, para nos salvar a nós, vermes miseráveis, Ele tem feito e padecido tanto, que, se a sua beatitude, no dizer de Santo Tomás, tivesse sido dependente da do homem, não poderá fazer nem padecer mais. Com efeito, se Jesus Cristo não pudera ser feliz sem a nossa redenção, como poderia humilhar-se mais do que se humilhou, tomando sobre si todas as nossas enfermidades, as humilhações da infância, as misérias da vida humana e uma morte tão desapiedada e ignominiosa? Só um Deus era capaz de amar-nos tão excessivamente a nós míseros pecadores, tão indignos de sermos amados.

Diz um piedoso escritor:

“Se Jesus Cristo nos tivesse permitido pedir-Lhe a maior prova de seu amor, quem jamais se atreveria a pedir-Lhe que se fizesse homem como nós, que se sujeitasse a todas as nossas misérias; ainda mais, que se fizesse de todos os homens o mais pobre, o mais desprezado, o mais maltratado, até morrer por mão de algoz e à força de tormentos num patíbulo infame, amaldiçoado e abandonado de todos, mesmo de seu próprio Pai, que desamparou o Filho, para não nos abandonar a nós em nossa perdição? Mas o que nós nem ousáramos conceber em pensamentos, o Filho de Deus o excogitou e realizou”.

— Desde o berço, o divino Menino se ofereceu por nós aos trabalhos, aos opróbrios e à morte: Dilexit nos, et tradidit semetipsum pro nobis (1) — “Ele nos amou e se entregou a si mesmo por nós”. Sim, Jesus nos amou, e por amor se nos deu a si mesmo, a fim de que, oferecendo-O ao Pai como vítima, em expiação de nossos delitos, possamos, em vista de seus méritos, obter da divina bondade todas as graças que desejarmos. Esta vítima agrada mais ao Pai do que se lhe fosse oferecida a vida de todos os homens e de todos os anjos. Ofereçamos, portanto, sempre a Deus os merecimentos de Jesus Cristo, e por eles busquemos e esperemos todo o bem.

II. Ó meu Jesus, eu seria por demais injusto para com a vossa misericórdia e o vosso amor, se, depois de me haverdes dado tantas provas do afeto que me tendes e do vosso desejo de me salvar, eu desconfiasse de vossa misericórdia e de vosso amor. Meu amado Redentor, eu sou um pobre pecador, mas Vós assegurais que viestes para buscar os pecadores. Eu sou um pobre enfermo, mas Vós viestes para curar os enfermos. Eu sou um réprobo por causa de meus pecados, mas Vós viestes para salvar o que estava perdido: Venit enim Filius hominis salvare quod perierat (2). Que poderei, pois, temer, se quiser emendar-me e ser vosso?
Só devo ter medo de mim mesmo e da minha fraqueza; mas a minha fraqueza e pobreza devem aumentar a minha confiança em Vós, que Vos gloriais de ser o refúgio dos pobres e prometestes atender a todos os seus desejos: Desiderium pauperum exaudivit Dominus (3) — “O Senhor ouviu os desejos dos pobres”. Eis a graça que Vos peço, ó meu Jesus, dai-me confiança em vossos merecimentos, e fazei com que sempre me recomende a Deus pelos vossos méritos. — Pai Eterno, pelo amor de Jesus Cristo, livrai-me do inferno e em primeiro lugar do pecado. Pelos méritos desse vosso Filho, dai-me luz para conhecer a vossa vontade; dai-me força contra as tentações; dai-me o dom de vosso santo amor. Sobretudo suplico-Vos a graça de sempre pedir que me ajudeis pelo amor de Jesus Cristo, que prometeu que haveis de conceder tudo quanto se pedir, àqueles que Vos pedirem em seu nome. Se perseverar em pedir assim, serei salvo; se não o fizer, serei com certeza condenado.

— Maria Santíssima, impetrai-me a grandíssima graça da oração, da perseverança em recomendar-me sempre a Deus e a vós, visto que obtendes de Deus tudo quanto quiserdes.
2024/09/24 23:24:28
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