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Reino Unido // Maioria dos jovens acha que Israel não deve existir

Segundo uma nova sondagem publicada ontem, 54% dos jovens britânicos entre os 18 e os 24 anos concordam com a afirmação "O Estado de Israel não devia existir".

https://unherd.com/newsroom/majority-of-young-britons-think-israel-should-not-exist

@guilhotinainfo
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Descolonizar a linguagem dos media sobre a Palestina

Excelente vídeo do African Stream que explica como palavras e expressões subtis são usadas pelos media para influenciar a opinião pública sobre um determinado tema - neste caso, o genocídio em curso.

@guilhotinainfo via @AfricanStream
Com o aproximar das eleições europeias, aproveitamos para percorrer as posições dos vários partidos relativamente à Palestina. [1/5]
[Para ler também em https://guilhotina.info/2024/06/07/europeias-partidos-palestina/]

🔻 Partido Social Democrata: Montenegro afirmou recentemente que este não é o momento para reconhecer a Palestina, e o cabeça de lista Sebastião Bugalho terminou a apresentação da candidatura do PSD ao parlamento europeu com o lema nazi "Viva a Vitória!".

🔻 Partido Socialista: O PS, que parece um pouco melhor que o PSD neste tópico, nada fez de bom enquanto tinha maioria absoluta. António Costa, quando ainda era primeiro-ministro, também defendeu que não era o momento certo para reconhecer a Palestina, aguardando para tomar esse posicionamento em conjunto com os restantes estados da UE.

@guilhotinainfo
🔻 Partido Socialista: Entre Outubro e Março, segundo o Página Um, Portugal exportou para Israel mais de um milhão de euros em "bombas, granadas, torpedos, minas e outras munições e projécteis". A venda de armamento a países terceiros "requer licenciamentos especiais e autorizações por parte dos Ministérios dos Negócios Estrangeiros e da Defesa", tendo portanto tido o aval do executivo de António Costa.

Já em 2019, o PS fazia acordos com a Arábia Saudita quando esta fazia ao povo do Iémen o mesmo que Israel faz ao povo palestiniano.

🔻 Livre: Pouco depois de 7 de Outubro, quando Israel já bombardeava Gaza indiscriminadamente há vários dias, Rui Tavares fez uma intervenção asquerosa na Assembleia da República em que condenou a resistência palestiniana e contribuiu para a construção da imagem de Israel como vítima. Em 2011, quando era deputado europeu independente eleito pelas listas do Bloco de Esquerda, Rui Tavares votou a favor da intervenção militar contra a Líbia.

@guilhotinainfo
🔻 Bloco de Esquerda: No final de Outubro, o Bloco recomendou ao governo o reconhecimento da Palestina. Nessa ocasião, Mariana Mortágua defendeu que “não poderá haver uma solução pacífica sem o reconhecimento do Estado da Palestina, a par do reconhecimento do Estado de Israel”. O Bloco, apesar de fazer eco das exigências de sanções a Israel, parece continuar preso à ideia de dois estados, quando é mais que sabido que o projecto sionista nunca aceitará o fim dos colonatos na Cisjordânia nem a criação de um estado palestiniano. Pasmamo-nos como é que é possível um partido que se diz anti-imperialista, anti-colonial e anti-racista defender a existência do projecto colonial sionista.

Estas contradições ficaram mais uma vez evidentes quando o vereador bloquista na CMP disse que "fez sentido" projectar a bandeira de Israel "a pedido da embaixada de Israel, quando foi o ataque do Hamas". Este tipo de posições é equivalente a defender a solidariedade com o Império Francês por colonos europeus terem sido mortos pelos escravos em revolta durante a Revolução Haitiana, ou com o Império Português durante a Guerra Colonial contra os movimentos de libertação africanos.

@guilhotinainfo
🔻 Partido Comunista Português: O PCP defende a criação de um estado palestiniano "nas fronteiras anteriores a 1967 e com capital em Jerusalém Oriental, conforme determinado pelas resoluções das Nações Unidas", ou seja, em Gaza e na Cisjordânia. Apesar das críticas à ocupação e da defesa do direito ao regresso dos refugiados palestinianos às suas terras, o PCP também continua preso à defesa da solução dos dois estados, ainda que isso implique a continuação do projecto sionista dentro das fronteiras internacionalmente reconhecidas do Estado de Israel, quando o projecto sionista é sinónimo de ocupação e apartheid.

Além disso, durante os últimos 8 meses, várias estruturas locais e organizações afectas ao PCP têm sido cúmplices de vários processos de silenciamento de vozes pró-palestinianas, quando não mesmo protagonistas. Se é por algum fetichismo com o erro histórico da União Soviética em apoiar a criação do Estado de Israel ou por puro sectarismo, é uma questão que fica por responder.

Apesar do trabalho incansável de vários dos seus militantes em prol da causa palestiniana, isto põe em evidência as contradições internas do partido e a sua incapacidade de, tal como o Bloco, atender às reivindicações das populações, mesmo quando estas se manifestam massivamente nas ruas.

@guilhotinainfo
Vale a pena notar também que, em Portugal, o genocídio em curso na Palestina continua em grande medida ausente das campanhas eleitorais. No entanto, isso não impediu que, como assinalado pela Embaixada de Israel, "membros de todos os partidos, da direita à esquerda", se tenham reunido com famílias dos reféns israelitas em Gaza a 29 de Maio, na Assembleia da República. Já os milhares de prisioneiros palestinianos nas prisões da ocupação, grande parte sem acusação ou julgamento, não merecem qualquer menção.

Nestas eleições europeias, ganhe quem ganhe, a completa emancipação do povo palestiniano do jugo colonial do projecto sionista não vai ser atingida graças a esta ou aquela força partidária ocidental, mas graças à resiliência da população e à perserverança das organizações da resistência palestiniana que, numa luta de David contra Golias, enfrentam de cabeça erguida o poderio militar e tecnológico do Ocidente colectivo.

https://guilhotina.info/2024/06/07/europeias-partidos-palestina/

@guilhotinainfo
Media is too big
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Porque é que o Livre é a pior opção para quem apoia a Palestina?

A asquerosa intervenção de Rui Tavares na Assembleia da República, a 11 de Outubro de 2023, comentada pela Guilhotina.

É a pior opção à esquerda, claro. Imaginamos que quem se preocupa com a Palestina não votará à direita ou ao centro. Neste bizarro século XXI, vá-se lá saber.

@guilhotinainfo
🚨 Última Hora: Benny Gantz, Gadi Eisenkot, antigo chefe do estado-maior das IDF e membro do Knesset, e Yechiel Tropper entregaram as suas demissões do Gabinete de Guerra sionista.

@guilhotinainfo
Forwarded from Stefani Costa
Desde o assassinato de Alcindo Monteiro, em 10 de junho de 1995, um dos casos de maior repercussão em Portugal, pouca coisa mudou.

O caso completa 30 anos ano que vem. Ele tinha 27 anos e fora espancado até a morte por um grupo de neonazistas até na Rua Garrett, região do Chiado, em Lisboa. O crime aconteceu na mesma data em que o país celebra o Dia de Portugal. 

Sem que racismo seja considerado crime, os casos e as vítimas do racismo se somam. Desde Alcindo, foram vítimas do racismo Luis Giovani dos Santos Rodrigues, morto aos 21 anos ao ser atacado por um grupo de racistas. Ou também Elson Sanches, o Kuku, morto aos 14 anos após ser baleado na cabeça por um policial. Também foi morto Manuel Antônio Tavares Pereira, o Xuaty, jovem de 24 anos atingido por dois tiros de bala de borracha disparados durante uma intervenção policial. Há ainda Bruno Candé, morto aos 39 anos, com cinco tiros.

Há, ainda, os casos em que não há morte, mas violência física e psicológica, como o da Cláudia Simões.

Alcindo Monteiro e todas as outras vítimas de racismo são consequências das cicatrizes deixadas pelo comércio transatlântico de humanos escravizados. 


https://brasilja.pt/noticia/quase-30-anos-depois-de-alcindo-racismo-ainda-nao-e-crime-em-portugal
Forwarded from Stefani Costa
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Mário Machado, líder de um grupo neonazista, condenado na justiça com prisão efetiva, pode estar nas ruas de Lisboa assim, na boa, agindo de forma violenta e com proteção policial?
A culpa é, e será sempre, do Hamas: a manipulação mediática do Wall Street Journal [via Palestinian Lounge]

O WSJ acaba de publicar um artigo num momento em que se multiplicam as críticas ao sangrento massacre perpetrado por israel no último sábado, em Nuseirat, numa triste tentativa de desviar para o Hamas as culpas pelo genocídio em Gaza.

O autor, de forma quase cómica, enumera a maioria dos incidentes desde 2018 em que Israel assassinou palestinianos e argumenta que, como as acções brutais de Israel fazem-na ficar mal na fotografia, tudo deve fazer parte do plano de Yahya Sinwar (líder do Hamas em Gaza). Depois, não tão subtilmente, incitam o leitor a culpar o Hamas pelas atrocidades cometidas por Israel, simplesmente porque o comportamento genocida de Israel, em última análise, se reflecte negativamente sobre a imagem de Israel.

@guilhotinainfo via @palestinianlounge
Guilhotina.info
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O autor retrata declarações de Yahya Sinwar como “Só aparecemos nas manchetes com sangue… Sem sangue, sem notícias”, como um desejo do Hamas de ver o seu próprio povo morto, em vez de uma avaliação sóbria, mas mórbida, de como as vidas palestinianas são tratadas pelos media ocidentais. (...) A análise que apresentam ao leitor é aquela em que israel é sempre vítima dos seus próprios crimes.

Porque, em última análise, como todos sabemos, israel é apenas uma força puramente reacctiva, sem vontade própria. Não pode deixar de assassinar dezenas de milhares de civis e cavar a sua própria sepultura, são reacções involuntárias. Israel está sempre a dançar ao som da música de Yahya Sinwar, o Flautista do Hamas.

Artigo completo: https://www.wsj.com/world/middle-east/gaza-chiefs-brutal-calculation-civilian-bloodshed-will-help-hamas-626720e7

@guilhotinainfo via @palestinianlounge
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Mais imagens de ontem, junto ao Padrão dos Descobrimentos, onde manifestantes antifascistas e anti-racistas foram atacados pela extrema-direita de Mário Machado e seus compinchas para logo depois serem atacados pela extrema-direita fardada.

@guilhotinainfo via @sofia_smirnov74
Os EUA apresentaram uma resolução no Conselho de Segurança a saudar a sua própria proposta de cessar-fogo em Gaza, apelando ao mundo a pressionar o Hamas a aceitá-la.

O que os EUA não dizem é que Netanyahu e vários outros membros do governo sionista já declararam várias vezes que não estão de acordo com os termos da proposta.

Israel quer algum tipo de formulação que lhe permita recuperar os reféns e depois retomar o genocídio em curso em Gaza, ou seja, um cessar-fogo temporário em troca da única coisa que dá poder de negociação à resistência palestiniana. O Hamas e as restantes organizações da resistência palestiniana estão disponíveis para trocar os prisioneiros, como sempre estiveram desde 7 de Outubro, mas querem garantia de um cessar-fogo permanente e a retirada das forças de ocupação de todo o território da Faixa de Gaza.

@guilhotinainfo
2024/07/01 18:09:43
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