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Druidas (no feminino druidesas ou druidisas) eram pessoas encarregadas das tarefas de aconselhamento e ensino, e de orientações jurídicas e filosóficas dentro da sociedade celta. Embora não haja consenso entre os estudiosos sobre a origem etimológica da palavra, druida parece provir do vocábulo dru-wid-s, formado pela junção de deru (carvalho) e wid (raiz indo-europeia que significa saber). Assim, druida significaria aquele(a) que tem o conhecimento do carvalho. O carvalho, nesta acepção, por ser uma das mais antigas e destacadas árvores de uma floresta, representa simbolicamente todas as demais. Ou seja, quem tem o conhecimento do carvalho possui o saber de todas as árvores. A visão cristã mostra os druidas como sacerdotes, mas isso na verdade não é comprovado pelos textos clássicos, que os apresentam na qualidade de filósofos (embora presidissem rituais, o que pode soar conflitante). Se levarmos em conta que o druidismo era uma filosofia natural, da terra baseada no animismo, e não uma religião revelada (como o Islamismo ou o Cristianismo), os druidas assumem então o papel de diretores espirituais do ritual, conduzindo a realização dos ritos, e não de mediadores entre os deuses e o homem.

Ao contrário da ideia corrente no mundo pós-Iluminismo sobre a linearidade da vida (nascemos, envelhecemos e morremos), no druidismo como entre outras culturas da Antiguidade, a vida é um círculo ou uma espiral. O druidismo procurava buscar o equilíbrio, ligando a vida pessoal à fonte espiritual presente na Natureza, e dessa forma reconhecia oito períodos ao longo do ano sendo quatro solares (masculinos) e quatro lunares (femininos), marcados pelos rituais especiais.

A sabedoria druídica era composta de um vasto número de versos aprendidos de cor e conta-se que eram necessários cerca de 20 anos para que se completasse o ciclo de estudos dos aspirantes a druidas. Pode ter havido um centro de ensino druídico na ilha de Anglesey (Ynis Mon, em galês), mas nada se sabe sobre o que era ensinado ali. De sua literatura oral (cânticos filosóficos, fórmulas mágicas e encantamentos) nada restou, sequer em tradução. Mesmo as lendas consideradas druídicas chegaram até nós através do prisma da interpretação cristã, o que torna difícil determinar o seu sentido original.

As tradições que ainda existem do que seriam seus rituais, foram conservadas no meio rural e incluem a observância do Halloween (Samhaim), rituais de colheita, plantas e animais, baseados nos ciclos solar, lunar e outros. Tradições que seriam partilhadas pela cultura de povos vizinhos.

Segundo León Denis, o estabelecimento de uma data específica para a comemoração dos mortos é uma iniciativa dos druidas, que acreditavam na continuação da existência depois da morte. Reuniam-se nos lares, e não nos cemitérios, no primeiro dia de novembro, para homenagear e evocar os mortos.

Fonte: https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Druida
Neodruidismo

O neodruidismo, também chamado simplesmente de druidismo ou druidaria, é o termo usado hoje em dia para designar a religião praticada pelos neodruidas, isto é, aqueles que através de estudos profundos da história e arqueologia, buscam resgatar a religião dos druidas pré-cristãos e adaptá-la para os dias de hoje. O neodruidismo é uma religião pagã (acredita na sacralidade da natureza), animista e politeísta.

No mundo todo, em especial nos países ocidentais e de matriz europeia, há muitos grupos drúidicos. Os grupos podem ser chamados de "Bosques", "Clareiras", "Ramos" ou "Castros" (em Galês, "Caer"), além de se organizarem em Ordens ou Colégios.

Atualmente existem muitos grupos oriundos na Europa central e ocidental que desejam firmar o druidismo, através da prática desta religião. Um destes covens é a Bétula Druida ("Birch Druids") cuja origem é em Londres. Na Europa o druidismo é praticado principalmente no Reino Unido, França e Irlanda mas existem outros grupos em todo o mundo, nos Estados Unidos e na Austrália e Brasil, que trouxeram o druidismo para o Hemisfério Sul.
Druidismo no Brasil

No Brasil há diversos grupos druídicos espalhados pelo país e representantes de algumas da principais organizações druídicas mundiais como a Celtic Druid Alliance (CDA), a Ordem dos Bardos, Ovates e Druidas (OBOD), a British Druid Order (BDO) e a Ár nDraíocht Féin (ADF), entre outros; além de alguns colégios e ordens surgidas no país.

Recentemente muitos dos grupos e ordens brasileiros se reuniram no Conselho Brasileiro de Druidismo e Reconstrucionismo Céltico (CBDRC), uma entidade sem fins lucrativos que visa proporcionar o diálogo entre as diversas vertentes druídicas. Uma das ações principais do CBDRC é a organização do Encontro Brasileiro de Druidismo e Reconstrucionismo Céltico (EBDRC), um evento anual e itinerante que permite que praticantes e afins, de todas as regiões do país, se reúnam e fortaleçam seus laços de amizade e companheirismo.
Druidismo em Portugal e na Galiza

A Ordem dos Bardos, Ovates e Druidas encontra-se representada em Portugal desde 2011, promovendo encontros públicos e outros reservados aos membros, para além dos Cursos de Druidismo em língua portuguesa.
Na Galiza existe a Irmandade Druídica Galaica (IDG) desde 2011, que estende a sua presença pelo território da velha Galécia e, portanto, a actual Galiza, áreas limítrofes ao leste e Região do Norte de Portugal. Este grupo procura a recuperação da druidaria autóctone deste território e o seu reconhecimento como religião oficial, algo conseguido já na Galiza em Julho de 2015,[1] mas ainda não na parte portuguesa.
Ainda que não se considerando como uma organização neo-druídica, no Distrito de Évora reúne-se desde 2004 a Assembleia da Tradição Druídica Lusitana (ATDL), uma associação de carácter espiritual, filosófico, litúrgico e ético, pelo que todas as actividades desenvolvidas no seu seio visam o incremento do sentido de pertença à Tradição Primordial Lusitana, no que se refere às dimensões supracitadas.

Fonte: https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Neodruidismo
RELIGIÕES NA TERRA
Parte: 96
Assunto: Kemetismo
O kemetismo é o reavivamento contemporâneo da religião do Antigo Egito que surgiu nos anos 1970. Também conhecido como neo-paganismo egípcio, possui presença organizada nos Estados Unidos, República Checa e França.
História

O kemetismo se desenvolveu na década de 1970, com a ascensão do neopaganismo nos Estados Unidos.

Tamara Siuda, em um ritual de iniciação wiccano recebeu uma visão na qual, alegou ter sido chamado pelos antigos deuses egípcios para reviver sua adoração. Tamara abandonou a wicca para estudar a adoração na antiga religião egípcia com alunos em 1988, nascendo a Ortodoxia Kemética que é a principal e oficialmente reconhecida religião kemética, sendo representada no Parliament of World Religions na Cidade do Cabo, África do Sul em 1999. Três grupos keméticos modernos possuem relação histórica com a Ortodoxia Kemética, são eles: Akhet Hwt-Hrw, Per Ankh e Per Heh. No entanto, a Ortodoxia Kemética não considera-se uma verdade filosófico-religiosa absoluta, considerando e respeitando todas as outras verdades filosófico-religiosas como igualmente válidas e, como consequência disso, a Ortodoxia Kemética rejeita o proselitismo religioso.
Fé Kemética Ortodoxa

A Fé Kemética Ortodoxa é a vertente desenvolvida nos Estados Unidos em 1988 por Tamara Siuda. Esta denominação cultiva as crenças e práticas da antiga religião egípcia adaptadas aos tempos atuais, sendo considerada uma religião revivalista e de matriz africana. Chamada de Ortodoxia Kemética, a religião cultiva todos os aspectos da religião do Antigo Egito, sendo, portanto, uma religião henoteísta (panteísmo hierarquizado) (e não monólatra), ou seja, acredita-se em vários deuses, porém, que partem de somente uma força divina. Essa "força divina" é Netjer, sendo os antigos deuses egípcios como Rá, Ísis, Osíris e Anúbis aspectos ou Nomes de Netjer, usando-se os termos plurais Netjeru para os deuses e Netjeret para as deusas
Etimologia

O nome kemetismo vem de kemet, que significa Terra Negra, sendo a forma de como o Egito era chamado na época dos faraós.
Os cinco pilares da Ortodoxia Kemética

A Ortodoxia Kemética baseia-se em cinco pilares:

Proceder com Justiça, Verdade, Lealdade e Boa-Fé (Ma'at).
Crer em um Deus único (Netjer), o qual deu origem a todos os Deuses (Netjetu).
Reverenciar os ancestrais (akhu).
Reconhecer o Líder Espiritual e Administrativo (Nisut).
Ter senso comunitário (vínculo fraterno entre os praticantes do Kemetismo).
Práticas

A Ortodoxia Kemética possui dois tipos de prática: a Prática Estatal que consiste na realização de rituais e celebrações por sacerdotes específicos, do jeito mais fiel possível aos que os antigos sacerdotes egípcios faziam. Na Prática Estatal também são celebrados os mesmos festivais formais que eram celebrados na Antiga religião egípcia, tudo sob o controle e orientação dos sacerdotes, e são justamente essas formalidades fieis às formalidades antigas que dão o caráter "ortodoxo" da religião, que conta inclusive com um calendário kemético, sendo a celebração mais importante o Wep Ronpet que é o ano novo kemético, que acontece geralmente entre em Julho e Agosto quando começa a cheia do rio Nilo. Já a Prática Pessoal, consiste em altares pessoais que os fieis fazem e ali realizam seus rituais diários, orações, adorações espontâneas, etc, além de suas próprias experiências cotidianas com a espiritualidade kemética.
Hierarquia

A Ortodoxia Kemética possui uma rígida hierarquia, a saber:

Iniciantes: São aqueles que foram admitidos na classe de iniciantes, onde aprendem tudo sobre a religião e tem seu primeiro contato com a comunidade kemética, sendo ensinados, orientados e auxiliados por sacerdotes. Após o término da classe de iniciantes, a pessoa pode decidir tornar-se um Remetj caso tenha identificado-se com a religião, ou pode recusar caso não tenha identificado-se.

Remetj: São aqueles que passaram pela classe de iniciantes e decidiram tornar-se membros, porém sem converterem-se totalmente.

Shemsu: São os Remetj que decidiram comprometer-se totalmente com a Ortodoxia Kemética. Para tanto, previamente passaram pelo RPD (Rito de Divinação Parental) no qual a Nisut descobre quais Nomes de

Netjer(Deuses egípcios) são os Pais divinos e Amados divinos da pessoa. Após o RPD, a pessoa decidiu ser um seguidor de seus deuses pessoais que apareceram em seu RPD, fez juramentos e então participou da Cerimônia de Nomeação na qual seu(s) Pai(s) divino(s) lhe deram um nome espiritual, ou nome de Shemsu. Esse nome espiritual é divinado pela Nisut e é relacionado ao(s) Pai(s) divino(s) da pessoa, que então finalmente é apresentada à comunidade kemética como um novo Shemsu. No entanto, ninguém é obrigado a tornar-se Shemsu; um Remetj pode passar pelo RPD e decidir continuar como Remetj.

Shemsu-Ankh: São todos os Shemsu que decidiram dedicar boa parte de seu tempo à comunidade da religião, passando por novos ritos de passagem e juramentos especiais à fé como o Weshem-ib que significa "pesagem do coração", podendo então desempenhar alguma função coletiva e ou serem ordenados em sacerdócios específicos como o sacerdócio W'ab e o sacerdócio Imakhu.

Nisut: É o líder espiritual e administrativo, função que no passado era desempenhado pelo faraó, e atualmente desempenhada pela própria fundadora da religião, Tamara Siuda, que é também egiptóloga, trazendo conhecimento científico para basear a fé, os ensinamentos, os ritos e a estrutura da Ortodoxia Kemética. Seu título simplificado como Nisut é Hekatawy I. Obs: ela não é considerada um faraó e nem infalível, tampouco uma divindade.

Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Kemetismo
RELIGIÕES NA TERRA
Parte: 97
Assunto: Satanismo
O satanismo é composto por várias crenças ideológicas e filosóficas e fenômenos sociais. As características comuns entre elas incluem associação simbólica, admiração e até veneração a Satanás ou de outras figuras rebeldes similares, como Prometeu, e figuras libertadoras.

Existem diferentes correntes de satanismo, com diferentes crenças e práticas.

Algumas das origens do satanismo podem ter começado com rituais de adoração e em honra ao titã Prometeu, ao deus egípcio Set, ao deus sumério Enki ou ao deus Moloque, adorado pelos amonitas.

No cristianismo, Satanás, também chamado de Lúcifer por muitos cristãos, aparece pela segunda vez de forma direta (antecedido por Genesis, onde em forma de serpente leva a humana Eva a pecar contra Deus) vez no livro Crônicas, instigando o rei David a fazer um censo de Israel.

O cristianismo e o Islã tipicamente consideram Satanás como o adversário ou inimigo, mas muitas revisões e recomposições populares de contos bíblicos inseriram sua presença e influência em quase todos os aspectos de posição adversa, até à narração da Criação, em Gênesis e Queda do Homem. Especialmente por cristãos e muçulmanos, a figura de Satanás foi tratada variavelmente, como competidor rebelde ou invejoso dos seres humanos, de Jesus, e caracterizado como anjo caído ou demônio governador do submundo penitencial, acorrentado num poço fundo, vagando pelo planeta em busca de almas ou provendo ímpeto para farsas mundanas.

Particularmente após o iluminismo, algumas obras, como Paraíso Perdido, foram tomadas pelos românticos e descritas como ilustradoras do Satanás bíblico como uma alegoria, representando crise de fé, individualismo, livre-arbítrio, sabedoria e iluminação. Essas obras demonstrando Satanás como um personagem heroico são poucas, mas existem; George Bernard Shaw, William Blake e Mark Twain (Letters from the Earth) incluíram tais caracterizações nos seus trabalhos bem antes de satanistas religiosos começarem a escrever. Foi então que Satanás e o satanismo começaram a ganhar novos significados fora do cristianismo.
Origem do termo

Em hebraico, o termo quer dizer adversário, aquele que olha para o lado escuro da lua crescente do nirvana, opositor, se opondo, aquele que planeja contra outro.

O termo Satan originou-se do judaísmo e se expandiu entre cristãos e seguidores do islamismo, chegando desse modo a disseminar-se entre diferentes culturas. O termo satanismo foi utilizado pelas religiões abraâmicas para designar práticas religiosas que consideravam estar em oposição directa do Deus abraâmico (o Deus de Abraão).
Tipos de satanismo

Satanismo de LaVey

O satanismo LaVey, popularmente conhecido como satanismo moderno, é uma filosofia fundada em 1966 por Anton LaVey, considerada religiosa por conter dogmas e rituais, embora estes sejam focados em psicodramatizações (com o objetivo de catarse, por exemplo) e não em crenças em relação ao sobrenatural. Seus ensinamentos são baseados no individualismo, hedonismo e na moralidade "olho por olho". Diferente dos satanistas teístas, satanistas de LaVey consideram Satanás como um símbolo da natureza inerente do homem, e não como um deus ou ser sobrenatural. O satanismo de LaVey é um "pequeno grupo religioso que não é relacionado a nenhuma outra fé, e cujos membros sentem-se livres para satisfazer suas vontades responsavelmente, exibir simpatia aos seus amigos e atacar seus inimigos." Suas ideias foram detalhadas pela primeira vez em A Bíblia Satânica e é supervisionado pela Igreja de Satã. O satanismo de LaVey possui práticas e rituais que adotam o uso da magia, que foram melhor descritos em "A Bíblia Satânica" e em Os Rituais Satânicos. A definição de magia, segundo LaVey, é: "A mudança em situações ou eventos de acordo com a própria vontade, que poderia, usando meios normalmente aceitos, não ocorrerem". A Igreja de Satã defende todos os seus seguidores das falsas acusações de sacrifícios de crianças e animais, já que as regras descritas na Bíblia Satânica proíbem expressamente o ataque a crianças, ou a animais não humanos (no caso de outros animais, podem existir duas exceções: No caso de obtenção de comida ou em caso de necessidade de defesa).
Satanismo teísta

Diferente da crença de LaVey, o satanismo teísta crê em entidades, deuses e demônios como seres ou inteligências à parte do ser humano. Estas deidades são invocadas e respeitadas como auxiliares da evolução do adepto, e não como ídolos para adoração e submissão, como popularmente se retrata.
Nos bastidores da corte

O satanismo foi muito popular e comum nos séculos XVI e XVII nas cortes europeias, mesmo com toda fiscalização da Igreja Católica.

A França, naqueles tempos, tinha um mercado de satanismo lucrativo, existindo como se fosse uma máfia, que tinha integrantes até nas mais altas rodas sociais de Paris. Essa máfia, todavia, foi desarticulada pelas autoridades da cidade, em grande parte graças a Gabriel Nicolas de la Reynie.

La Reynie começou a desconfiar que existia uma rede alternativa de satanismo em Paris após prender Louis de Vanens, um notório satanista. Ele ficou meses atrás de uma pista da existência do tal grupo, mas nunca conseguiu provar nada. Todavia, um dia ele conseguiu prender uma conhecida cartomante, Catherine Deshayes, mais conhecida com La Voisin. Com ela, ele encontrou não apenas artigos que cartomantes normalmente usam, mas também objetos pretensamente usados em rituais de magia negra, como sangue, terra de cemitério, sêmen, entre outras coisas.

Quando foi indagada de suas atividades, La Voisin revelou que, além de poções de amor, ela havia feito diversos abortos para mulheres da mais alta roda parisiense, sendo que foram supostamente encontrados diversos fetos e bebês enterrados em seu quintal. Entre vários de seus cúmplices denunciados, um notório foi Étienne Guibourg, que segundo ela, era um integrante da Igreja de Satã, a qual praticava todo tipo de magia e atividades relacionadas com satanismo.

Umas da clientes de La voisin e do próprio Guibourg era Francisca Atenas conhecida como Madame de Montespan, uma das favoritas do rei Luis XIV, que supostamente estava desesperada para se tornar esposa deste. Os primeiros rituais para Montespan, segundo La Voisin, não envolveram sacrifícios de crianças, mas sim de pequenos animais, e certos rituais mágicos. Sobre a influência de La Voisin, Montespan fazia poções e as colocava na comida do rei, com testículos de animais e afins.

Todavia, segundo conta, as intenções de Montespan foram mudando, e os rituais, que eram de amor, foram mudando para ódio, e os rituais foram se tornando cada vez mais macabros, com a intenção de matar o rei, embora não tenha havido sucesso. Logo depois do grupo ser descoberto por La Reine, diversas pessoas foram presas, inclusive Montespan, tendo sido inocentada e passando o resto de sua vida no interior do pais.
Mudanças

Devido ao fato de o satanismo original ser uma doutrina filosófica que pregava a liberdade individual do ser humano, dentre outras ideias, contrariava fortemente os dogmas e princípios morais da Igreja Católica. Esta, desde então, passou a perseguir os adeptos de tal doutrina e a acusá-los de heresias como adoração ao demônio e prática de orgias sexuais. O argumento utilizado pela Igreja para consolidar o seu posto teve uma eficiência quase completa. Ainda assim, alguns grupos satanistas conseguiram preservar suas práticas.

É importante destacar que existem diversas vertentes do Satanismo. As duas principais são a vertente filosófica, que se limita a cumprir a doutrina de acordo com certos valores puramente filosóficos, e a vertente religiosa, que teve o seu surgimento alguns anos depois que a Igreja acusou os satanistas originais de adoração ao diabo, dentre várias outras. Isso fez com que certos grupos posteriores pensassem que tal acusação se tratasse de uma verdade absoluta, e devido a uma certa falta de informação e instrução, tais grupos passaram desde então a pôr em prática os rituais que pensavam constituir as práticas do satanismo. Surge então o satanismo moderno, com fundamentos puramente religiosos, dos quais a Igreja os acusava de praticarem, o que não anula a sua condição de vertente e a existência da vertente filosófica.

Um dos pensamentos mais errôneos sobre o satanismo é acreditar no uso de fetos e/ou humanos já formados em rituais macabros, para invocação da vida, ou da morte, ou de quaisquer outras entidades. No século XX, vários serial-killers usaram equivocadamente o nome do satanismo para justificar suas atrocidades, sendo que eles não tinham qualquer ligação com os verdadeiros satanistas, cuja filosofia poderia superficialmente ser traduzida sob a expressão "faz o bem ou não faças nada".

Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Satanismo
RELIGIÕES NA TERRA
Parte: 98
Assunto: Luciferianismo
2024/07/01 13:35:02
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